Descrição

O presente estudo tem o objetivo de compreender as práticas de cuidados que evidenciam a
humanização da assistência à saúde mental no CAPS. Inicialmente, problematizou-se acerca
do modelo asilar/psiquiátrico e dos manicômios anteriormente utilizados como local de
tratamento aos portadores de sofrimento mental. Foi feito um percurso histórico até o atual
modelo de cuidado a partir dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e as equipes
multidisciplinares inseridas nestes serviços. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas
com os profissionais de nível superior que compõem a equipe do CAPS I de um município do
Norte de Minas e com usuários do serviço, além de um grupo focal com os profissionais e
observações com o caderno de campo. A partir dos dados coletados, foi possível identificar
quatro categorias para o estudo, sendo elas: práticas emancipatórias, inclusivas e
progressistas; modelos de atenção à saúde; estratégias de humanização para um cuidado
efetivo na saúde mental; e, desafios à humanização. Foi realizada a correlação dos dados com
referenciais bibliográficos encontrados acerca do tema. Concluiu-se a ambivalência dos
modelos de atenção à saúde, sendo que apesar do modelo psicossocial ser substitutivo, o
modelo biomédico ainda se faz presente de forma coexistente, o que fomenta a importância de
considerar a integralidade do sujeito e o trabalho em rede, que fortalecem a humanização no
cuidado