Descrição

A Reforma Psiquiátrica possibilitou novas formas de cuidado para a pessoa com
sofrimento mental, contudo esse não é um direito sempre garantido. A criação dos
Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) proporcionou uma atenção especializada,
entretanto, é percebido que os indivíduos ainda possuem uma posição de passividade
e dependência no tratamento sendo necessário uma reatualização. A Gestão
Autônoma da Medicação surge como uma estratégia que promove criticidade e
informação diante desse cuidado. Assim, este artigo tem como objetivo investigar o
processo de promoção da autonomia dos usuários de CAPS em uma cidade no Norte
de Minas utilizando o dispositivo GAM. Foi realizada uma pesquisa-intervenção
utilizando da observação participante, na inserção e desenvolvimento dos grupos
GAM. Os dados organizados em diários de campos foram analisados eguindo a
análise de conteúdo. Notou-se que, a partir dos princípios da GAM, o usuário se
apropria do seu tratamento e, diante de um manejo cogestivo, reflete em relações
fortalecedoras e promotoras de uma autonomia coletiva. Sendo assim, corrobora-se
a promoção de autonomia a partir do dispositivo GAM.