Descrição
A sociedade valoriza os corpos e suas características ditas como perfeitas, impondo padrões de
beleza principalmente às mulheres. Dessa forma, as mulheres negras se encontram mais
distantes desse padrão, visto que o racismo é histórico-cultural, e se encontra expresso nos
padrões de beleza, ou seja, o modelo eurocêntrico. Pretendeu-se, nesta pesquisa, compreender
a influência do padrão de beleza e do racismo na construção da identidade de mulheres negras.
Trata-se de uma pesquisa descritiva/qualitativa, com a utilização de pesquisa de campo, cujos
dados foram analisados segundo a técnica de análise de conteúdo de Bardin (2011). Esse estudo
foi realizado na comunidade Quilombola Bem Viver de Vila Nova dos Porções, da cidade de
Janaúba/MG. A amostra da pesquisa consistiu em oito mulheres negras, sendo elas de quatro
gerações diferentes, todas com idade superior a 18 anos. Os dados foram coletados por meio de
entrevista semiestruturada. Após as discussões acerca da problemática, percebe-se que a
construção da identidade da mulher negra diante do racismo e do padrão eurocêntrico expresso
nos padrões de beleza se torna árdua, trazendo inúmeras questões para essas mulheres. Por isso,
deve existir mais representatividade negra em todos os âmbitos na sociedade, debates acerca do
tema, sendo falado mais sobre o racismo e a escravidão na educação. Para que, assim, a mulher
negra possa ser representada em diversos locais, ser valorizada e respeitada, contribuindo para
sua identificação como uma mulher negra e bela