Descrição

O estudo sobre as vivências das crianças que foram vítimas de abuso sexual infantil e seus impactos psicológicos mostra-se necessário para compreender a prevenção de uma nova ocorrência e a proteção dos indivíduos. Este trabalho apresenta como objetivo discorrer e refletir sobre as diferentes percepções de profissionais psicólogos em relação às principais consequências psicológicas do abuso sexual infantil, trazendo considerações dos contextos que ocorrem a violência sexual e a atuação do psicólogo frente às demandas do abuso sexual infantil. Este é um estudo de pesquisa de campo, realizado por meio de uma entrevista semiestruturada. Como resultado da pesquisa foi possível compreender os impactos do abuso sexual infantil nos contextos do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Conselho Tutelar (CT) e o Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (SAICA), em uma cidade do Norte de Minas Gerais. Conclui-se, então, que o estudo oferece subsídios para alertar os profissionais sobre a importância e a necessidade de identificar os sinais de abuso sexual infantil, em virtude que ser vítima de tal violência traz impactos como: automutilação, tentativa de suicídio, enurese noturna, fragilidade emocional, objetificação do corpo de tal forma que a criança se disponibiliza com muita facilidade, comportamentos infantis amadurecidos, alterações no humor, retraimento, vergonha excessiva, sono desregulado, brincadeiras de cunho sexual, dores de cabeça, ansiedade, pânico, baixa autoestima, medo, choro, irritabilidade, tristeza, culpabilização, comportamentos obsessivos, Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), dissociação, depressão e transtornos psicossomáticos.